sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008



A sede do NAAV -em Aveiro - o já conhecido ESPAÇO A, poderá, de acordo com o que foi publicado no Diário de Aveiro de 21 de Fevereiro de 2008 permanecer no local, o que muito interessa em favor dos arquitectos e da Cidade, podendo assim continuar a animar e promover o local e as actividades do NAAV naquele espaço emblemático da cidade:

Transcrição parcial:
"O calendário de construção do ‘campus’ da Justiça poderá sofrer uma antecipação. Segundo Élio Maia, a obra pode arrancar ainda este ano
O ‘campus’ da Justiça de Aveiro, um dos seis a serem criados no país até 2013, poderá começar a ser construído ainda este ano, revelou ontem o presidente da Câmara Municipal local. Élio Maia adiantou que a hipótese de antecipar a obra está actualmente a ser estudada juntamente com o Instituto de Gestão Financeira e de Infra-Estruturas da Justiça, admitindo que o concurso público possa ser aberto até ao Verão de forma a possibilitar o início da construção em 2008"
(...)
De acordo com Élio Maia, a antecipação da obra do ‘campus’ da Justiça poderá, no entanto, provocar «acertos» nos termos do acordo, uma vez que o TAF deverá ser instalado no antigo Convento das Carmelitas e não no Edifício Fernando Távora, propriedade do município e actualmente ocupado por várias colectividades concelhias.
O autarca eleito pela coligação PSD/CDS realçou que a instalação do TAF no Edifício Fernando Távora implicaria um «grande transtorno» para as associações aí sedeadas, que teriam de ser realojadas noutros locais. "

1 comentário:

urbanicus alavaricus disse...

A recente notícia pública, divulgada pelo Diário de Aveiro a 21 de Fevereiro, que comenta o recuo da C.M. de Aveiro relativamente à cedência da Casa Municipal da Cultura Fernando Távora para sede, provisória, do Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro, não pode deixar de ser lida como uma vitória do NAAV.
De facto, esta nota redactorial, ainda sem qualquer confirmação ou comentário oficial, vem pôr fim a uma situação de total indignidade, a que haviam sido votadas as instituições culturais de Aveiro.

O edifício Fernando Távora é, sem margem para dúvidas, o local certo para a promoção da cultura, e pode desempenhar um papel relevante na nossa cidade, tal como foi imaginado e pensado há algumas dezenas de anos, aquando da sua construção. Nesse tempo parece ter existido um sentido de responsabilidade e rigor diferente do que hoje permitiu e pretendeu, em total acto de enxovalho público, remeter as instituições culturais locais – que aí haviam sido recentemente instaladas – para um qualquer local provisório (como tradicionalmente acontecia). Após instalação condigna, num edifício apropriado, a que ainda se estavam a adaptar apesar das dificuldades e da necessidade de adequar as instalações, e de recuperar o edifício, que disso carece, como é natural ao fim de quase cinquenta anos de vida, parecia que tudo se iria perder e voltar ao princípio – entenda-se, ao zero.

Devo lembrar que o Núcleo de Arquitectos de Aveiro foi, em plena reunião pública ocorrida na Câmara Municipal de Aveiro – no final do ano que findou –, quando as instituições foram avisadas da sua iminente saída, a única que manifestou veementemente o seu desagrado, embora pese o seu reconhecimento da importância da oportunidade de instalação do TAF na cidade.
Na altura, foi relevado que se considerava evidente e desajustada a transferência provisória das instituições culturais locais, quando na realidade o que era provisória era a instalação do TAF. O executivo parece agora vir dar razão ao NAAV, ao indicar o Edifício do Convento da Carmelitas, sito à Praça Marquês de Pombal, como destino provisório o TAF, em local anexo à sua localização definitiva, que desejamos se confirme brevemente.

Às instituições, que o NAAV sempre cumprimentou e a quem tem aberto as portas do seu Espaço A, sempre que lho solicitam, fica aqui o nosso voto de cumplicidade e apoio solidário, lembrando que estaremos aqui e sempre atentos, em prol da cultura local e regional. A participação da sociedade conquista-se com perseverança, insistência e muita convicção, e a cultura não é tarefa fácil, pelo que se deve exigir respeito a apoio para todos os que tentam, por qualquer meio sério, a sua construção ou promoção. À Câmara Municipal e ao seu Executivo cumpre compreender esse papel e, pelo menos, não destruir tudo o que vai sendo alcançado, passo a passo, com esforço e muito empenho.

Felicidades ao NAAV.
A cultura, em Aveiro, estará de parabéns se puder continuar a contar com o seu empenho e dedicação.